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A Vida em Si é um desastre de crítica e um fracasso de público. A maioria dos textos que circulam por aí a respeito do filme o chama de dramalhão, diz que é tudo um grande exagero. Me surpreendo, mas não muito. Do começo ao fim, A Vida em Si vai contra o Zeitgeist.
“De quatro em quatro voltas da Terra em torno do Sol, os primitivos escolhiam os Primitivos Melhores do que os Piores num ritual demorado e muitas vezes violento chamado ‘eleizoez’. Nesse período, se dividiam em ‘phartyd0s’, cada qual tentando provar que era mais digno de controlar o poder da democracia”.
Para alguém que não gosta das minhas opiniões, evidentemente eu sou um imbecil. As redes geram essa ira. Quem não gosta fica fulo. Parece mesmo um saco essa avalanche de gente que fala pelos cotovelos. Porém, recordar é viver: era muito mais chato viver em "silêncio".
“Apoiar legalização da maconha e casamento gay é ser de esquerda”; “Pena de morte é só coisa de países reacionários”; “É de esquerda? Vai pra Cuba!”; “Abrir estatais para tudo é coisa da esquerda”; “Não sou de esquerda, nem de direita, sou anarquista”... Saiba por que tudo isso (e mais um pouco) é mito.
Claro que o impropério que dá título a este texto é uma provocação (e, se você chegou até aqui, uma provocação bem-sucedida). Museus são importantes em qualquer sociedade minimamente civilizada. A questão não é a relevância do acervo deste ou daquele museu. A questão é que passamos e desaparecemos.
