O trabalho de Marcus Jung pode ser pensado em dois recortes. Um deles é a paisagem, expressa em imagens e enquadramentos expansivos da natureza. O outro é o cotidiano urbano, cuja principal característica é a combinação do trivial com o inusitado. Em ambos, o gosto pelo jogo de luzes, cores e formas, levando para além de uma apreensão apenas objetiva da realidade.
Nestes registros noturnos, encontram-se todas as qualidades que em geral definem o trabalho do artista: a busca por uma amplitude da imagem em analogia à natureza, o flagrar de instantes únicos no cotidiano e a tendência fluida dos elementos, sob o ritmo da luz e da cor. O resultado são composições harmônicas e diretas, que reaproximam o que está distante e reencantam o que parece mais comum. (Muriel Paraboni)